segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

A felicidade real







Questiono-me do que tem sido a verdade.

A verdade que permite que minha vida esteja em tudo que escolho viver. Mais um Natal e o sentimento que me faz lembrar sempre do filme Mentes que brilham e ter a esperança projetada para mais um ano. Jodie Foster, atriz que nunca vou esquecer por atuações em filmes como O Silêncio dos Inocentes.  As lembranças podem sim se repetir, assim como as intenções de harmonia diante da vida, associações feitas na mente como ter na história do filme o entendimento de um enredo, de um começo, meio e fim sempre inspirador para mim em que uma família encontra a união e a capacidade de felicidade real, a volta da espontaneidade entre mãe e filho.

Lembrar e associar finais felizes para cada ano, 2017 terminando e a minha felicidade é envelhecer sempre com saúde, amor e prosperidade. Recife que já não é apenas um lugar, nenhum um ponto no planeta, a ressignificação do mapa mental que utilizo dentro de minha cabeça, a relação de conexões e estímulos afetivos sendo reconstruídos, a imaginação mesmo muito ampla sendo reconfigurada pela capacidade tão significativa de reabilitação e reorganização do amor pela vida.
Amar é quase um silêncio na noite e depois disso nenhum pensamento ruim, o amor platônico tão revisto e vivido de forma bonita e intensa, harmoniosa, respeitosa e feliz. A felicidade real que encontra tempo em mim e que me traz a verdadeira vontade de viver e de amar. O ano de 2018 se aproxima e a alegria é o melhor presente de fim de ano. 

Um coração guerreiro
De sentimentos guerreiros
2018 
Meu tempo.

*Mentes que Brilham- Roteiro- Escott Frank. Atriz Judie Foster (18 de outubro de 1991).

domingo, 10 de dezembro de 2017

As flores de lavanda




Olhos passionais,
Noite
Dia

A vida
As flores de lavanda
meu pensamento contempla o amor verdadeiro
Leve e tão bonito
O sentimento amanhece nos meus sonhos,
Em meu existir.


terça-feira, 28 de novembro de 2017

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Nova fase de minha vida.

Superação e olhar o mar é sentir paz.
Meu tempo depois de muitas dificuldades que tive.

Meu tempo de mais felicidade em meu viver, nessa nossa fase de vida de inclusão e vontade de seguir estudando e trabalhando. Dignidade.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Meu diário.

Eu,

Tenho muitas saudades e esperança.
Dos tempos de escola, da vida que tinha na infância, de ser muito correta, de jogar futebol, volei, de gostar de ficar na varanda. Olho-me hoje, acho- me bonita. Adoro as palavras e tento ter cuidado para não ser chata por muito certinha, para ser louca. Carrego comigo sempre caneta e papel. Sou muito fiel ao Deus e aos que amo. O amor transforma a imagem, a minha imagem. A aura é feita de cores e é bom ver auras com as cores mais bonitas que estão em pessoas comprometidas com o bem e tentam sempre se melhorar. Estou com elas, celebro os dias, as amizades e as pessoas que admiro.

Diário de bordo de Tânia Consuelo de Almeida e Silva.

domingo, 19 de novembro de 2017

Carta literária - 19.11.2017





Navego,
Tenho o prumo e o leme.
O lado direito e o lado esquerdo enquanto marcham seguem desiguais.
O coração quando não dorme, explode quando pulsa, mas o amor é sempre pungente, leve, ativo. Sentimento que escolho, totalmente companheiro  de afeto amplo. Realidade.

domingo, 12 de novembro de 2017

Fonte viva, coração da vida.












O tempo e a felicidade. Leveza da vida, dialogo com o que vejo e revejo, repetir e repetir os ensinamentos para existir coerência em cada palavra, o sonhador vai se perdendo em mim e eu já não me perco. Conversas, lembranças de um fim de semana, de compartilhar o gosto bom de visitar a família, aconchego e boas risadas. Lembranças recentes que me fazem ser fase próspera e feliz. A naturalidade e o amor reverbera. Campos e plantações cheias de sentimentos de afeto e carinho. Gratidão! 

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

O que tenho escolhido para minha vida.




Aos olhos de Deus
a harmonia da vida


Liberdade
para voar
seguir meu caminho
Pelas mãos do criador
Ser amor verdadeiro
Ter a paz.




sábado, 28 de outubro de 2017

Presépio da vida.



A linha, a palavra, a garganta

Alinhavar o instrumento 
Reconhecer no silêncio
O verdadeiro

Intuito divino
que despe
que reconheço
que reconheces
em cada embate do dia

Medita
E pede para entender
A escala das cores
As intenções dos homens

Costura o tempo
Renasce, Recomeça
Revive 
Orgulho, vaidade
Posta em cheque
Revida

Estrelas bonitas no Céu
Sentimento amoroso de Deus
Verdadeiro Guia

Em cada casa, em cada tempo
O Natal e sua celebração
O Amor
União e Paz
Verdadeira alegria
Pureza de Deus. 
  
















terça-feira, 24 de outubro de 2017

terça-feira, 17 de outubro de 2017

O amor de Clarice.











A presença e a ausência,
A vida que não está em viver ou morrer.

Eu sorrio e reconheço o que estava nas palavras de Clarice, o amor sempre começa quando se consegue estar despido de tudo. Sentimento de não deteriorar, nem machucar a si e ao outro. É quando se tem amor que se enxerga as noites trágicas e as manhãs felizes como um aprendizado, constatação que os olhos não tomam como ferida. Nada importa quando o peito está repleto do sentimento que não só ensina como cura, que me faz plantar e contemplar desertos, que me ensina a ter fraternidade ampla e traduz o propósito do meu viver, o mundo desfolhado e as intenções bem construídas pelo coração que desarma, acalma, silencia e mostra uma nova forma de conceber a vida pelas ausência de máscaras, por ter ciência das intenções, por cada dia compreender o motivo que me traz de novo à Terra.

Maternidade infinita, verdade aprendida, sentir o envelhecer com mais propriedade, olhar sempre todas as pessoas que amo e nunca esquecer de abraçar da forma mais humana possível e de chorar diante de minha doçura e do descanso, das coisas que tenho para fazer, do reencontro com a naturalidade e a celebração da vida. Decifrar é realmente evolução humana, assim como escolher a dignidade para a vida valer mais.



segunda-feira, 16 de outubro de 2017

O dom de viver.



Amor vive no peito.

Suavidade, Verdade, Amor Maior.
Materno os meus olhos. Carinho.
Afetuosa vida.
Meu sorriso para os amigos sinceros que afagam, mesmo estando longe.
Vida que está sempre perto.

Felicidade.


domingo, 24 de setembro de 2017

Eu gosto de poesia.




Eu gosto de poesia. 
Eu gosto do silencio que cabe em cada linha poética que corresponde e não corresponde a cada vida, ao psiquismo das consciencias intermitentes. Palavras vividas por dentro, poesia. Estendo uma canga na praia, deito e olho para o céu, o sol ainda quente sem filtros, olhos que não aguentam muito tempo. Fecho as pálpebras e tenho a vida. Um corpo que escuta e não ve. O mar e depois a volta para cidade. Tudo que se refere ao pouco que posso ser: muros, inconstantes, enquanto  que por dentro, cores intercaladas entre cinza e cinza, desenhos para sustentar a vida e suportar a morte. Vida que não é nada fatalista.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Sina



A dignidade
Sem corroer por dentro uma mesma frase
A mesma réstia do secundário amor pela própria vida
A espera que segue nos compassos da veia escrita
O sinal de silêncio quando tudo ainda não vem

Volver sementes
Abris caminhos
Romper os vasos
Pular os muros
E sobretudo não ser a frase feita
De palavras santas que queimam
Como os vitrais ao Sol.

Tânia Consuelo.2014.



 
     



segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Duas vidas

 De cabeça para baixo
ser intenso
Flocos de neve
Em vidas que amam não ser
             apenas vidas.




sexta-feira, 8 de setembro de 2017


Como se a vida toda eu precissasse ser alguém que não pode dialogar com outro tipo de realidade que não essa necessidade da eterna e doentia necessidade de ter que ser constante felicidade. A tristeza que não precisa ser negada para os sentimentos serem vivos dentro de mim. Para que eu não precise da dor que é estar na superfície. Para não suportar apenas, para não me esquivar e poder estar em paz com o que reverbera em mim a partir da limitação de existir. Prazer de sentir tudo, de viver completamente.

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

O que não me faz falta.


Vida.
Atitudes que se repetem, pessoas que serão as mesmas, antes e agora.
A vida que se repete até o ciclo ter fim, até o momento que não quero. Conscientemente não busco o passado, não me importa saber. Não me importa entender ou valorizar o que pode ser frágil como podem ser frágeis intenções, sentimentos. Lembrar das sensações tão burlescas, das pessoas que nunca riram comigo, e que não quero estar.
 Surreal será sempre viver e viver e viver: tempo que nunca é tudo, o Tudo que nunca quero ter.

domingo, 27 de agosto de 2017

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Quando não escuto música.




Quando não escuto música.
Quando consigo escrever a não melódica vida.

Palavras que leio, que traduzo, que crio.

Tempo em que estou em casa e me sinto bem.



segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Sensação boa de ter.



Entrei na livraria e me deu vontade de reler Feliz Ano Velho do Marcelo Rubens Paiva. Tarde de domingo caminhando pelo centro, sempre bom esse tempo comigo. Pensamentos e a não- influência com as sensações intrincadas e eu sempre penso que nestes momentos tudo pode ser mais inteiro dentro de mim. Esquecer de tanta coisa que reverbera, sentimentos que assumem simplicidade. O entendimento da vida, a tranquilidade para começar a semana, sensação de pertencimento, formas de autoconhecimento e felicidade interior. A vida é muito isso, o que sobra pode ser fatídico como todas as convenções sociais.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Elo


Agora moro só e minha mente vive na infância. Caminho pelas memórias. 
Visito e peço que ainda possa amar muito a figura de meu pai e de minha mãe.
 Fecho os olhos e em minha consciência tem muito carinho.
Meu olhar e me remeto aos primeiros tempos de minha vida, um olhar que reconhece o próprio olhar, coração pequenino sem pesos, pulsos, ataduras.

Tenho  o amarelo e o rosa de minha infância,
Na verdade sempre estiveram,

Eu que fui
Gris
Por tempo
Preciso
Na
Vida.






domingo, 6 de agosto de 2017

segunda-feira, 24 de julho de 2017

o que me reporta às manhãs.







Ao redor da minha  casa,
uma série de outras casas.
Todas aquelas pessoas amigas e depois o desvão:

Noites
Homens, ideologias
Certo tipo de cegueira
Belezas  estonteantes, superficiais.
Corpos sangrando por um seduzir vulgar.
Noites tão azuis como a morte.

Por fim, o tempo
Me reporta a Hesse,
Mundo luminoso, Demian,
Sempre às boas horas do dia.

Ao redor da minha casa
Todas aquelas pessoas amigas
Sentimento familiar
A vida.



segunda-feira, 17 de julho de 2017

Cego sem ser hipócrita.








Na extinta certeza
Homens
pensam numa forma de alteridade.

O medo traficando tudo

Um cego
e a
sensibilidade

Olhos de alma
prata
lentes introvertidas


dislexia
necessária
sentimentos
vida.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Nina




Uma criança.
A menina de cabelos louros a pegar nas minhas mãos,
é dia em meus sonhos.
Ela quer me conduzir.
Nenhuma palavra diante desse amar muito grande.
Olhamos para frente, tempo de Sol.
-materno-



segunda-feira, 5 de junho de 2017

Amor.






Aquele corpo
Abraçado
Aquele  corpo
Surpreendido
Por ser de novo
A beleza de alguém
Aquele corpo que é meu

-Suave  é o tempo
Pelos olhos de alguém –

Palavra
sentimento que não tem rima

Coração e o poeta.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Vermelho e negro.




E aquela criatura olhava e dizia. E eu do meu lado queria entender por que o vermelho. De repente olhei para flor e era vermelha, olhei para a vida e ela estava cruamente vermelha. Oito anos a mais e o vermelho agora fazia parte de mim. Nada era tão forte agora como duas cores, dois extremos. Duas almas totalmente irmanadas, a euforia quando começa e a dor quando termina, se interpondo em crises cheias de fôlego e poucos nervos. A névoa permanente do delírio que se coloca entre o divino e o demoníaco que é estar com os pés no chão. Mente que sobrevoa e foge do óbvio pensamento. Pois não há nada mais ingênuo em não ser errante. Sentir a conspiração que envolve os pirados e sua imagética precisa enquanto os normais veem de forma neutra a escala das cores da vida. O óbvio que permeia os coitados, ávidos pelo o que nasce e morre na matéria. Enquanto eu valso em vermelho e negro com muita coerência nesta vida.



quinta-feira, 4 de maio de 2017

O grande prazer em viver.













Diante da noite, a vida nunca foi tão honesta.
Pessoas que falam parecido e começo a estar mais inteira.
Já é muito fácil amar a rotina.
Acho que tenho descoberto uma felicidade  real.
Afinal foi muito tempo de apenas viver.
É bom sentir intimidade com amigos que tenho tanto gosto pelas conversas afins.
O grande prazer em viver.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Intensidade de tudo, plasticidade.




Não se preocupar em dar sentido
Abstrair


Não delimitar
Transcender
Viajar entre as melhores lembranças
Projetar-se
Sentir o gosto diante de cada pensamento
de toda plasticidade originada pela mente

Intensa vida
que gosto de ter.





sexta-feira, 21 de abril de 2017

Um tipo de felicidade.


Tempo estranho e o que tem me salvado são as palavras.      
Felicidade introspectiva que caracteriza algo pleno, inconsciente.  
Felicidade sem euforia, analítica e verdadeira. 

Necessidade de divagar sobre a vida, observar costumes e o proceder humano. 
Sentar em minha cadeira de balanço no final da tarde, quando tudo começa a ter calma. Escrever.


terça-feira, 11 de abril de 2017

Palavras e afinidades estão sempre fora de casa.




Palavras e afinidades estão sempre fora de casa. Mas bem que poderia acontecer de alguém mudar e conversar horas a fio sentado bem aqui na minha sala. Ficaria mais feliz com certeza.

Essa vida de tão esquisita, faz-me inquieta para encontrar as pessoas que gosto de estar com palavras. Pessoas que falam ou não a mesma língua, que tomam um vinho e conversam. Que conversam e riem
. Que não suportam futebol e outras formas de alienação em massa. Que depois de muito trabalho, sentam e pedem o que há de mais simples, um motivo para que exista o diálogo entre duas pessoas. A necessidade de ter uma boa conversa, de considerar e reconsiderar as amizades. Pessoas que se olham e se veem, e assim se abraçam diante desse nosso modo de vida vulgar e irracional e do não compactuar com este vazio deplorável de nossa condição humana.

Todo tempo, tantos motivos eu tenho  para achar graça do jeito como muita gente me faz querer viver com um sentimento motivante no peito, é bom sair e ver essas pessoas. Sentar em um canto  e escrever sobre, ou estar com pessoas e suas histórias, seu estar no mundo. Apaixonar-se pela metáfora que é a vida. Gosto bom tem viver e se perder diante de tudo que faz minha vida! E o silêncio que se interpõe quando tudo é maior, quando o que sinto é especial. Esse silêncio carrego comigo, imerso em minha essência para quando estiver em casa não morra de tédio ou tristeza, para que nunca morra. É como lembrar dos olhos de alguém  e de todo carinho que vive nele e que sem qualquer jogo me faz sentir carinho e me faz sentir amada. Por toda vida.

domingo, 9 de abril de 2017

Pequeno êxtase na noite.





Meu silêncio
Meu ninho
Consciência em travesseiro macio

O decorrer do tempo
A vida

Medos e anseios se desfazem
Pequeno êxtase na noite.

quarta-feira, 29 de março de 2017

A dança.






Deitada na rede, olhei para aquele lado da sala em que ainda chegava o Sol no fim da tarde. 
Pensava em fatos de minha vida, do gosto inteiro diante dos sentimentos que me vinham, da forma interessante em que acontecimentos foram sendo transformados diante da resignação, o silêncio pela sabedoria e pelo introspectivo amar. 
Ter essa sensação honesta, entender que a vida é simples por poder estar nos lugares e com pessoas que me entendem agora.

Presenciar a festa no momento em que ela está acontecendo, poder escolher o tecido e a cor do vestido, ouvir a música suave, escolher um par. Neste silêncio ter na memória cicatrizes reconhecidas, superadas, a certeza de não esquecê-las, por respeito a mim, e de não dar ênfase pela finitude de cada tempo. Ser o presente.

sexta-feira, 24 de março de 2017

Incrível é já amar inteiramente aquele que pode chegar a ser.






Incrível é o já amar inteiramente aquele que pode chegar a ser.

certeza de ser único.
O não me ater a múltiplos, pois, apenas uma presença na tez do caminho.
negação do que dita esse tempo
Palavras demais nas esquinas
E vou dispensando excessos,


Eu a não precisar ter
Eu a não precisar ser

Instinto e  patas de animais

Alma e gozo
transcende
ao se despir
de um destino vil

Desejo vão


Incrível é o já amar
O homem único
sentimento


que seja amor
Aquele que pode chegar
ser.





segunda-feira, 20 de março de 2017

As horas da noite.




Às vezes eu reconheço
enquanto estive entre paredes róseas
Sensação indigente
Olhos e íris sendo brancas
O mundo sendo o mundo


Latente necessidade humana
Sedenta por uma alma que possa caminhar e ter sua própria sandália, ter sua própria essência respeitada.
A delicadeza de ter uma dignidade, para nunca mais vestir as roupas que foram de outro alguém.
De não precisar ficar calado para não ser visto como insano e assim maltratado pelo sistema.
Alguém que não precise guardar a agressividade pela contestável injustiça, mas que deixe fluir o que traz a angústia e que esta não seja somente sufocada dentro de uma vida retirada.
A falta de afeto em uma rotina, a falta de saúde, tristeza prevista para toda vida.

Entre um Sol e outro
Um homem divaga
Irresoluto,
pela Luz do Pai
entende cada dor
sem desespero
Dor que tem seu tempo
Vive cada Sol e a sabedoria da vida.







terça-feira, 14 de março de 2017

Antes de cada anoitecer.


Em companhia de meu silêncio
Na quietude do tempo

Adormecer 
diante do calor do Sol

Sensação de voltar para casa.











sábado, 4 de março de 2017

Divinos campos de lavanda.






Muitas vezes há uma familiaridade maior diante da vida. Uma sensação suave, como estar num campo de lavandas ou na certeza das pessoas mais afáveis. O que interfere no barulho e na linha limítrofe de quem percebe bem mais do que precisa, O mundo e a constante necessidade de ser extraterrestre, de reconduzir tudo a uma gentileza espiritualizada que não teme a noite tanto quanto o tão sinuoso destino humano: incoerente corrupção em que vivem os retirantes de luz divina.
O que faria sem a sensação dos campos de lavanda que me lembram do sentimento acolhedor e afável da vida? Introspectivo poder de sentir um amor elevado diante de grandes rebuliços e me sentir feliz. 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Existe sempre afeto em minha casa.





Quando se descobre que é só. Acontece um estranhamento. 

Mas depois desse primeiro momento, de forma racional vejo que fui só sempre quando estive  muito triste e em muitas horas em que tive que compartilhar a minha alegria. Solidão que permite aos olhos o entendimento do outro, das fraquezas do outro. Sem cobranças.
Sem atribuir maiores carências, tentando não computar ausências, retirando sempre muito da falta que sinto de afeto. Esse arquétipo frio da vida em que não existe colo nem afago. Percebo que sempre fui a minha família em relação ao compartilhar de quase tudo que conquistei na vida. Faz muito tempo que sento sozinha na mesa para fazer as refeições, que passo a qualquer instante pela sala sem ser notada, faz muito tempo que me preparo para chegar em casa pois existe uma frieza que não cabe de lugar de onde venho pelas as amizades aconchegantes da vida.

A minha casa quase sempre bem dentro de mim, é quando ser só me liberta. 

domingo, 19 de fevereiro de 2017

A infantil necessidade da matéria.



Confortável é ter desde os pés,
a transparência de quase tudo.

verdade.
E um sorriso no canto da boca
blasfêmia


Fraqueza sem estima
ter o descartável como eixo
necessidade ilusória
infantilidade permanente
cegueira da vida.










quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

" Às vezes a vida volta."


Por acreditar,
Não me atenho ao tempo.
A partir de então apenas a sensação de mim em toda existência.
E é como se eu descobrisse que a força
Esteve o tempo todo em mim
E é como se então de repente eu chegasse
Ao fundo do fim
De volta ao começo
Ao fundo do fim
De volta ao começo

                                                                                         [Gonzaguinha]


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

O que pude fazer com o meu tempo.






o cigarro pelo silenciar
dorme em outro tempo,
invernos não se reconhecem mais.
 
Certa beleza
Aceitação da noite.
Meu corpo
E o quanto posso ser

Estar comigo nunca foi tanto.







terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Tudo que seduz,

Nada mais sedutor do que a naturalidade dos corpos. 
Almas que confabulam, sentimentos congruentes.
textura,
sensualidade
desejo 

A noite.










quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Amor.




Terei sempre a lembrança, o tempo foi pouco e viver tem dimensões limitadas. As fotos que tirei por toda vida revelam impressões, de maneiras bem diversas. Ângulos que no momento que vivi não consegui perceber totalmente, como se a lembrança depois do passar do tempo, depois de você ter morrido e eu ter passado por tristezas, até chegar ao desapego. Agora é tudo um amor inteiro, profundo. Não tenho mais vontade de me prender, pois na verdade o que restou foi um reflexo, sentimento bom que não precisa da matéria.
O desapego é como ter a noção exata da representação do silêncio e da sensação de ter a pulsação no corpo, o coração ouvido quando tudo está calmo. De entender da consciência tranquila e assim sentir melhor a vida. Introspectiva vida.

O descansar das coisas, do que ela impõe e que faz do pensamento nada além de angústia e medo. Viver é bem maior que isso, é ter a essência de todas as impressões ao longo do tempo. A emoção não pode tomar conta de tudo, ela é apenas parte de mim e já não a quero em demasia. Já não existe a dor da perda. A leveza vem quando as datas não significam tristeza, o dia da morte e o dia do nascimento se perdem, a permanência do afeto de forma simples e por assim real, intenso. O Amor continua.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

A tristeza chegou bem cedo.
















16 anos e uma tristeza azul. 
Estremecia pelo medo 

As mãos sempre frias, o estômago esmagado. 
A solidão dormia e acordava comigo. 
O livro de Khalil Gibran,
E o fato de me sentir errante.


quase não me assusta mais,
A tristeza
Apenas um diálogo,
Que pode ser poético
que nunca será como morrer.

 


domingo, 8 de janeiro de 2017

Estar em gravidade não é solitário.





Presa por um fio. Todavia planejo. Não vivo de certezas por me afastar cada vez mais do que pode ser ilusão. Transitar é o que sinto. Como se não pertencesse a nenhum mundo, como se estivesse em gravidade e o meu corpo a me esperar. Difícil é a espera quando tenho os meus pensamentos alinhados, cheios de identidade. Fato é gostar de mim e do processo infinito que é ter a si próprio. O amor por mim e o próximo passo é por um outro. O que não planejo,  assim toda graça do jogo.

Um pássaro sem fio

  Quase não se sabe da rotina incompleta Ainda só se imagina O estudo e a satisfação de cada término de cada dia Livros a inquietação  momen...