E
aquela criatura olhava e dizia. E eu do meu lado queria entender por que o
vermelho. De repente olhei para flor e era vermelha, olhei para a vida e ela
estava cruamente vermelha. Oito anos a mais e o vermelho agora fazia parte de
mim. Nada era tão forte agora como duas cores, dois extremos. Duas almas
totalmente irmanadas, a euforia quando começa e a dor quando termina, se
interpondo em crises cheias de fôlego e poucos nervos. A névoa permanente do
delírio que se coloca entre o divino e o demoníaco que é estar com os pés no
chão. Mente que sobrevoa e foge do óbvio pensamento. Pois não há nada mais
ingênuo em não ser errante. Sentir a conspiração que envolve os pirados e sua
imagética precisa enquanto os normais veem de forma neutra a escala das cores
da vida. O óbvio que permeia os coitados, ávidos pelo o que nasce e morre na
matéria. Enquanto eu valso em vermelho e negro com muita coerência nesta vida.
Dezembro-40 mil vidas-envelheço. No espelho nunca esqueço meus 20 anos. Tudo é memória, o presente, sábio.
sexta-feira, 19 de maio de 2017
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