quarta-feira, 30 de novembro de 2016

A memória não cabe no tempo.

Eu encostava meu rosto no chão morno da varanda nos finais de tarde , era assim que gostava de sentir o calor da vida. 
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O paralelo vive comigo

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A estranheza tem alma pesada
assim como a morte e também a vida
Viver é um estado de descrença
Sensação ainda desconfortável,
Desconforto é lidar com a felicidade,
Ter medo de ter por perto, 


Agulha fina 
É quando se sabe da espera,
o surto diante da falta de quem me foi muito amor,
e que aqui não vive mais.
A certeza do sentimento vivo
dentro da morte

o tempo 

o que nada sabe da vida
que apenas fecunda
a essência.
Tudo que tenho comigo.
Maturidade de saber,
de sentir o que não precisa de tempo.






domingo, 27 de novembro de 2016

Corpo inteiro entre dois.






Já naquele tempo gostava desses encontros, Chanel 19 que ficava por muito impregnado no corpo daquele homem. Adorava a falta de medo, de perceber seu corpo, de brincar diante da intimidade perfeita. Quantos vinis escutamos naqueles encontros, afinidade, seu perfume, as costas que eu abraçava com as mãos espalmadas a sentir um prazer inteiro e liberto.  Feminino.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

O que está para a essência, o que transcende o vazio desse mundo.

Minha menina
Quando tudo é grandioso
O amor é sempre materno
Afetuoso desde as entranhas.

Nas maiores tristezas
Enquanto o mundo me rejeitou e me rejeita
me abraças forte como ninguém faz.
Nada mais forte do que ser amada.
Amo a tua essência
Amo o teu carinho
Amo






terça-feira, 22 de novembro de 2016

Meu tempo de Neve.





Não consigo sentir frio com o cair da neve, acolhedor é sentir os flocos no meu casaco sempre quente e macio. Eu que nunca estive nesse mundo em que são brancos os dias, aprendi a sensação de me confortar mesmo quando o frio faz parte da maioria das pessoas. Talvez por achar perfeitas pessoas intensas e se possível excêntricas que criem diálogos perfeitos por impulsos e estímulos que não sigam o óbvio e nem queiram ser quaisquer coisas, que não se refiram à existência como alguém que está morto e cheio de fatalidades. Que falem de tudo que já sei e o que os noticiários entendem muito: a vida de forma vulgar. Crimes e crimes e crimes, que nunca serão os flocos brancos que sinto em meu rosto ou cabelos, retiro minhas luvas e é confortável constatar a cor vermelho-vivo do meu esmalte, a delicadeza da minha mão que afaga o corpo dos que amo, de entender que isso faz parte de mim pois é uma escolha. Estou em Recife e não estou, a neve cai o tempo todo, os crimes estão na Tv que nunca ligo, sendo as luvas bem desnecessárias quando não vivo de pequenas realidades.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Viver de Ópio.






A gente vive mesmo.
A gente anseia tantas bobagens.
Corpo cheio de passagens, muita culpa.
Um suor de profundos melindres.
Medo de tudo que adoece e só adoece.
A gente vive inchado por não transpirar.
Para conseguir quase tudo,
Vencer na vida pode ser um luto:
Anula, emburrece, aniquila,
limita. Tudo que não faz enlouquecer.
Uma imagem sempre aceitável,
A cruel maneira de ser igual,
Tanta blasfêmia!

Um tempo para.
completude.
Que não existe.






sexta-feira, 11 de novembro de 2016

O homem que se diz bom é alguém que tem orgulho demais para isso, reflete uma fraqueza revestida de maldade.




Ser bom não é ser bom, é preciso muito rigor para a bondade pois se for verborrágico o sentimento fica patético, e o patético é irreversivelmente ridículo. O homem que se diz bom é alguém que tem orgulho demais para isso, reflete uma fraqueza revestida de maldade. Nada mais insuportável do que ter a necessidade de dizer tudo que é em tudo que se faz. Amizades desse tipo me permitem uma agonia tão absurda, sensação das mais pedantes. Não existem diálogos para valores humanos, se sabe e ponto. Agora já se pode conversar sobre a vida...

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Carta para o meu amor.
















Parece mesmo que diante do mundo, continuo a caminhar pelas águas rasas.
Enquanto espero a profundidade para poder mergulhar, diante de mim a sensação das águas imaturas passando sempre nos meus pés, tudo que pode entristecer. Sigo à espreita, entretanto é como que todo alguém fosse um fósforo no qual o fogo se apaga fácil. É o tipo de sentimento que vejo nas pessoas, e eu não me interesso em estar perto de pessoas que acham que o amor é a beleza que se perde no espelho, como se eu gostasse somente do desejo físico. 
Ando e sinto falta de uma pessoa inteira que não me deixe afogar mais uma vez, que me reconheça na minha loucura, ser compreensivo que divida comigo todas as palavras que carrego. Que seja sedutoramente um Ele para que me apaixone todo dia até o final do meu existir. Assim espero.

domingo, 6 de novembro de 2016

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

O que pode ser mais elegante do que a suavidade?





Por amar a moda.
Tecidos mais soltos no corpo, sensação não vulgar que valorizo.
A alta costura e o Chanel 19 impregnado na roupa, no travesseiro.
Movimento  noturno, misterioso, intenso. Algo agradável numa esfera introspectiva, particular.
Sensação de um mundo. Projeção do que chamo de bom gosto, leveza diante do que escolho para viver. Apenas uma forma educada, contrária ao consumismo irracional. Ser inteiro respeito, sentir-se e sentir o outro de forma suave, nada mais elegante.

Um pássaro sem fio

  Quase não se sabe da rotina incompleta Ainda só se imagina O estudo e a satisfação de cada término de cada dia Livros a inquietação  momen...