domingo, 27 de março de 2016

Do que percebe a mente.





















Me deito,
Desconstruo os limites
do que percebe a mente,
me recorre desfazer culpas
que nem se quer existem.
Revelar uma fraqueza que me torna
exausta.
Uma loucura que habita
profundamente.
O preço da minha mente inquieta,
A escrita.


Aponta a caneta
(a tinta)
no papel
O silêncio oportuno
o reflexo,
o que mexe
Do que revolve por dentro.
determino o pulso
do que foi instinto,
o espontâneo 
medito em versos.



 















segunda-feira, 21 de março de 2016

O afeto.

Eu vejo a criança e me deixo rir. Uma alegria tão boa em meus braços, parece que viver tem dessas coisas.  Um amarelo que preenche meus olhos e nervos, pois é como ver e sentir o Sol. O calor de todas as tardes, em todos os parques que brincarei contigo. Voltar a viver entre sentimentos cheios de uma certa contemplação e leveza.
Vejo em ti a possibilidade de risos bons de se compartilhar, observo a beleza que é poder te dar carinho sem precisar reter o que tenho pra te dizer em afeto.
E eu já te amo muito.



sexta-feira, 11 de março de 2016

O afago que deita na cama.




Ainda bem que a saudade certa hora se cala.
Ossos pesados, copos quebrados,
Estilhaços que não existem mais.

É que amar agora respira para dentro,
Sinto um conforto e o pensamento repousa.

A cabeça em teu peito
O afago que deita na cama

Decerto o amor
Os olhos permitem o alívio

E eu que nem sabia que existia sensação tão boa na vida.

sábado, 5 de março de 2016

Alguns dias de um bipolar. Tudo tão intenso.


Depois de uma semana respirando fundo e respeitando os nervos pois eles estavam de dar dó. Abdiquei de alguns procedimentos, aulas de línguas e conversas profundas. E esperei sem dormir muito o tempo virar e tudo ficar de novo espontâneo. Porque assim, passavam as dores crônicas de cabeça e o medo de não dar conta da vida.

Hoje cheguei contente por estar bem e bem dentro  do mundo. Eu falei com mais leveza com meus amigos e quando na beira do mar, eu ri comigo mesma. A leveza de alma é coisa preciosa, assim como saber que posso viver tudo e dormir com todos os nervos tranquilos. Depois de um chororô ao tentar dormir, eu estou escutando meu som e até comprei a sidra que tanto gosto de tomar quando sábado. Que maravilha de vida que só depende de paciência e sensibilidade para saber que é tão bom estar viva. Uma alegria tão boa que canto e canto sozinha em casa. 

Feliz,

quarta-feira, 2 de março de 2016

O labirinto






Quando no labirinto
Não se sabe de muito coisa
Noção que não se soma

O quarto perdido na sala
Exposto a todos da casa
Que estão quase sempre virados
somente para suas janelas
Quase como os flanelinhas
que pedem pela simples ilusão
de trazer em garrafas
água e sabão
quando apenas
embaçam toda a visão.


 Já cansada
Eu pego a planta da casa
e observo de vários ângulos
Mas não encontro os nomes
dos que vivem comigo
Como penso em minha cabeça.

Em nenhum canto
E nenhum cômodo
existe porta
Respiro em alívio
O labirinto se desfaz

Mentalmente recoloco o meu quarto
no lugar
Mudo de lado na cama 
deixo de lado o velho sonho. 
Tão recorrente nesta vida.







Um pássaro sem fio

  Quase não se sabe da rotina incompleta Ainda só se imagina O estudo e a satisfação de cada término de cada dia Livros a inquietação  momen...