terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Tudo que seduz,

Nada mais sedutor do que a naturalidade dos corpos. 
Almas que confabulam, sentimentos congruentes.
textura,
sensualidade
desejo 

A noite.










quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Amor.




Terei sempre a lembrança, o tempo foi pouco e viver tem dimensões limitadas. As fotos que tirei por toda vida revelam impressões, de maneiras bem diversas. Ângulos que no momento que vivi não consegui perceber totalmente, como se a lembrança depois do passar do tempo, depois de você ter morrido e eu ter passado por tristezas, até chegar ao desapego. Agora é tudo um amor inteiro, profundo. Não tenho mais vontade de me prender, pois na verdade o que restou foi um reflexo, sentimento bom que não precisa da matéria.
O desapego é como ter a noção exata da representação do silêncio e da sensação de ter a pulsação no corpo, o coração ouvido quando tudo está calmo. De entender da consciência tranquila e assim sentir melhor a vida. Introspectiva vida.

O descansar das coisas, do que ela impõe e que faz do pensamento nada além de angústia e medo. Viver é bem maior que isso, é ter a essência de todas as impressões ao longo do tempo. A emoção não pode tomar conta de tudo, ela é apenas parte de mim e já não a quero em demasia. Já não existe a dor da perda. A leveza vem quando as datas não significam tristeza, o dia da morte e o dia do nascimento se perdem, a permanência do afeto de forma simples e por assim real, intenso. O Amor continua.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

A tristeza chegou bem cedo.
















16 anos e uma tristeza azul. 
Estremecia pelo medo 

As mãos sempre frias, o estômago esmagado. 
A solidão dormia e acordava comigo. 
O livro de Khalil Gibran,
E o fato de me sentir errante.


quase não me assusta mais,
A tristeza
Apenas um diálogo,
Que pode ser poético
que nunca será como morrer.

 


domingo, 8 de janeiro de 2017

Estar em gravidade não é solitário.





Presa por um fio. Todavia planejo. Não vivo de certezas por me afastar cada vez mais do que pode ser ilusão. Transitar é o que sinto. Como se não pertencesse a nenhum mundo, como se estivesse em gravidade e o meu corpo a me esperar. Difícil é a espera quando tenho os meus pensamentos alinhados, cheios de identidade. Fato é gostar de mim e do processo infinito que é ter a si próprio. O amor por mim e o próximo passo é por um outro. O que não planejo,  assim toda graça do jogo.

Um pássaro sem fio

  Quase não se sabe da rotina incompleta Ainda só se imagina O estudo e a satisfação de cada término de cada dia Livros a inquietação  momen...