terça-feira, 17 de outubro de 2017

O amor de Clarice.











A presença e a ausência,
A vida que não está em viver ou morrer.

Eu sorrio e reconheço o que estava nas palavras de Clarice, o amor sempre começa quando se consegue estar despido de tudo. Sentimento de não deteriorar, nem machucar a si e ao outro. É quando se tem amor que se enxerga as noites trágicas e as manhãs felizes como um aprendizado, constatação que os olhos não tomam como ferida. Nada importa quando o peito está repleto do sentimento que não só ensina como cura, que me faz plantar e contemplar desertos, que me ensina a ter fraternidade ampla e traduz o propósito do meu viver, o mundo desfolhado e as intenções bem construídas pelo coração que desarma, acalma, silencia e mostra uma nova forma de conceber a vida pelas ausência de máscaras, por ter ciência das intenções, por cada dia compreender o motivo que me traz de novo à Terra.

Maternidade infinita, verdade aprendida, sentir o envelhecer com mais propriedade, olhar sempre todas as pessoas que amo e nunca esquecer de abraçar da forma mais humana possível e de chorar diante de minha doçura e do descanso, das coisas que tenho para fazer, do reencontro com a naturalidade e a celebração da vida. Decifrar é realmente evolução humana, assim como escolher a dignidade para a vida valer mais.



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