sexta-feira, 19 de maio de 2017

Vermelho e negro.




E aquela criatura olhava e dizia. E eu do meu lado queria entender por que o vermelho. De repente olhei para flor e era vermelha, olhei para a vida e ela estava cruamente vermelha. Oito anos a mais e o vermelho agora fazia parte de mim. Nada era tão forte agora como duas cores, dois extremos. Duas almas totalmente irmanadas, a euforia quando começa e a dor quando termina, se interpondo em crises cheias de fôlego e poucos nervos. A névoa permanente do delírio que se coloca entre o divino e o demoníaco que é estar com os pés no chão. Mente que sobrevoa e foge do óbvio pensamento. Pois não há nada mais ingênuo em não ser errante. Sentir a conspiração que envolve os pirados e sua imagética precisa enquanto os normais veem de forma neutra a escala das cores da vida. O óbvio que permeia os coitados, ávidos pelo o que nasce e morre na matéria. Enquanto eu valso em vermelho e negro com muita coerência nesta vida.



quinta-feira, 4 de maio de 2017

O grande prazer em viver.













Diante da noite, a vida nunca foi tão honesta.
Pessoas que falam parecido e começo a estar mais inteira.
Já é muito fácil amar a rotina.
Acho que tenho descoberto uma felicidade  real.
Afinal foi muito tempo de apenas viver.
É bom sentir intimidade com amigos que tenho tanto gosto pelas conversas afins.
O grande prazer em viver.

Um pássaro sem fio

  Quase não se sabe da rotina incompleta Ainda só se imagina O estudo e a satisfação de cada término de cada dia Livros a inquietação  momen...