segunda-feira, 23 de abril de 2018

Um olhar e cada dia é alma.




Às vezes lacônico, às vezes deserto, silencioso e soberano.
O mundo é um véu de espadas que se inclinam sobre a minha cabeça. Na noite sentida e silenciosa o tempo menospreza a alma plena e o desespero restabelece a cegueira. Os olhos abertos dissolvem o amor frágil de uma criança, são doces as lembranças, sentimento inteiro e cada momento é pleno e cada dia é alma. 
Olhar faz percorrer o mundo imaginativo.
Eu vivo
Eu pulso
Eu me calo

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Eu tenho alma.







Se tens malícia
Tenho afeto
Se tens um teto
Eu tenho alma e
muita calma que
desarma, dissolve,
que devolve cada ofensa.

sábado, 7 de abril de 2018

A dor e o coração sem máculas.





Suaves sensações de sanar, a ausência dos corpos vivos, do cheiro do sexo, o tempo sem ópio, sem forja, sem força. A ironia que nunca terá vez na boca dos homens mortos de fome. 

Como se eu esperasse o animal extinto execrado pela dor e assim mutuamente sensível, como se esperasse uma folha em braile e coração manso que não seja cigano nem selvagem, e no peito muitas cruzes pois sabe-se assim da delicadeza de amar.

domingo, 1 de abril de 2018

Que me venha de noite com sua rede de braços









Tirei os óculos e não estavam tão sujas as lentes o que me incomodou por saber que a vida não é tão límpida, tão clara.
O trecho da música era simples: que me venha de noite com sua rede braços.
Recoloquei os óculos e olhei muitas vezes para gastar tais lentes e reencontrar o que o sentimento forte traz.



Que me venha esse homem - Amelinha
https://www.youtube.com/watch?v=VfkYli9hx70

Um pássaro sem fio

  Quase não se sabe da rotina incompleta Ainda só se imagina O estudo e a satisfação de cada término de cada dia Livros a inquietação  momen...