Uma vez por semana me encontrava com ela, tomávamos café e líamos uma para outra.
Quase um namoro. Ela não sabia e nunca iria saber da minha estima por ela. Sempre ia em seu bairro em que tudo era muito mais caro. Eu fazia todo esforço para comprar os livros que pedia e ir até Casa Forte uma vez por semana. Amor sem toque, bastava estar ali. Um livro, outro livro, sua voz, suas roupas bonitas, suas palavras que me faziam tão bem. Sentimento maternal, entretanto ela não era minha mãe. Sensação sutil de leveza. Sabia que quando saísse naquele dia ia querer me cuidar mais, gostaria mais de mim e buscaria me arrumar. Para mim isso era afeto.
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