sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Tempo

 O tempo sábio perdoa tudo aqui.


 


 minha irmã 

 amor leve

Sertão no peito

coração  enxuto

Promessa de ser boa

a  vida

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

O sangue talvez.







O sangue talvez 

Mas o coração não.

Balas perdidas

Bala que não fere

nem pesa mais.

Espero o Natal

Tento ser simples

Amar desafio.

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

sábado, 17 de setembro de 2022

Para aprender narrativas.











 Escrevi A vez de Cecília e foi a primeira vez que conseguir fazer uma narrativa com começo, meio e fim. Espero aprender mais e em algum momento escrever outro livro para que possa amadurecer na escrita. Gostar de escrever e ter um mundo com muitas perspectivas. Ser concreta e lúdica e construir um mundo dentro da literatura. Cecília, empoderada, reconstrói sua vida.



quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Carta para J.G.



[ 9.8.22 ]

Cartas literárias


Dividida entre vida útil e encontrar pessoas para um cine, um sábado, se possível sem conversas virtuais. Preocupo-me com tua insônia, teu trabalho. Você precisa sair mais para ter sono à noite. 

Meu dente quebrou de novo, fui no Cine Brasília, filme em espanhol. Ontem lembrei de Clarice Lispector, de como gostava de sair de táxi para dar voltas pela cidade do Rio de Janeiro. Lembrei do  Jardim Botânico e de caminhar no calçadão de Copacabana no fim da tarde. Tanta gente no calçadão, pessoas diversas e diferentes. Adoro ver as pessoas e ver como se vestem, como interagem, pessoas com culturas, pessoas que me trazem calma. Afinal sou parte das pessoas do mundo também.

Vi que Marcelino Freire vai dar uma nova oficina literária, tens falado sobre literatura? Qual livro agora? Continuo lendo a Carola Saavedra, às vezes pelo um livro de Poesia. Você sabe que leio devagar e ler poesia acaba rápido.

J.G.. quando vagos conversar?

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Quando vejo cores

 






A imagem branca e preta em minha mente. Realizo todo dia o descanso e o silêncio na minha cabeça. Todo dia é preciso ter as cores para pensar, para que elas virem atitudes, alegrias e sentimentos. Para que antes de dormir, meditar e refinar as impressões do dia.  

Às vezes, quando o dia é muito bom, vejo luzes prateadas e as cores são bonitas quando fecho os olhos, pequenas linhas de cores aparecem entre a cor negra dentro dos meus olhos. Talvez veja cores para não temer o escuro, para não ser branca as sensações da vida.

domingo, 10 de julho de 2022

Budapeste

 




Apesar da minha leitura ser devagar e de eu ter dificuldade de terminar de ler os livros que escolho, eu adoro livros. Ultimamente comprei um livro de Chico Buarque chamado Budapeste. No livro um aviso anônimo de uma bomba a bordo e assim a necessidade de um pouso forçado de um avião entre Istambul e Frankfurt.

Budapeste para mim é um lugar desconhecido fazendo com que a leitura do livro seja interessante. Marrom quase mostarda é a cor da capa do livro, cor muito bonita. No verso da capa a sinopse do livro em húngaro e na parte da frente a sinopse em português, achei muito legal.  

Que eu consiga ler até o final!

sexta-feira, 8 de julho de 2022

Eu apenas queria que você soubesse.

 




Domingo fui no clube por causa de um aniversário. Cheguei e fiquei sentada por um bom tempo escutando o samba. Estava na minha, esperando a preguiça passar para começar a dançar.

Bruna era seu nome, moça bonita. Olhei e ela sorriu. Ficamos ali dançando sambas de Chico, Luiz Melodia, Paulinho da Viola, Cartola. Dançávamos solto, surgiu ali uma grande empatia. Depois que a roda de samba acabou, voltei para casa com uma alegria muito grande.

Bruna dançava muito. Bruna tinha síndrome de Down e era muito bonita. Trocamos passinhos no samba, ela era realmente uma pessoa incrível. Foi um dia muito legal. 

quarta-feira, 6 de julho de 2022

Lisboa

 


Era bom sentar um pouco e tomar uma taça de vinho depois de andar tanto de dia.
Alegria de Julia e os ventos bons de Lisboa. a pouco de descansar, o sono chegava cedo. De manhã conhecer mais coisas. Museu de Fernando Pessoa.

quinta-feira, 30 de junho de 2022

Sentimento e desapego.



Viver como outros

não

Morar com alguém, 

pouco provável


Quando se tem quase 40 anos

As palavras são mais 

O silêncio sempre 

 pensamentos para ser

desapego,

o medo é diferente

quando se tem quase 40

Amar é ter e não ter

concatenar, ser espírito.

Viver e ter paz




sexta-feira, 24 de junho de 2022

sábado, 18 de junho de 2022

O que já sei.

 



Saudade

Semente praticada
Se me faltas hoje
Um buraco
Se me faltas sempre
Uma porta fechada
Que esqueço de abrir
Casa fechada
Que não lembro
Mais de nada
Daquele aconchego
Componente de ti
E como pó
Do café que já foi forte
Tua essência
Se acomoda em mim
O gosto não me falta mais.


12 de junho de 2018




segunda-feira, 13 de junho de 2022

Noite





Penso em sua camisa azul

 céu de estrelas

Deito-me em teu peito

Sinto confiança, desejo

Estás em mim



 





sábado, 21 de maio de 2022

Aceito o vermelho.

 





Meu sangue está pronto

no tempo 

coração e desejo

nervos, mente

aceito o vermelho

Estou no mar

tenho o sol 

caminho comigo mesma

amar, plenitude

errante

Eu sinto a vida.

quinta-feira, 19 de maio de 2022

Onde está Amor?

 



Entro no ônibus, sem destino, em tons de preto, sem muitos decotes. O relógio marca sete da noite de um sábado. Um filme chamado AMOR em cartaz e o coração completamente vazio. Chego no café e peço um suco de maracujá. Ainda não sei se vou ver AMOR. Senti-lo, porém, já o faço rotineiramente. É quando tocas o meu corpo e relaxa teu queixo em meu colo. Talvez eu veja AMOR, ainda não sei. A fila se alonga no corredor do cinema. Talvez esgotem os ingressos e AMOR fique pra depois. Mas fiquei pensando. Decidi voltar pra casa. Foi mesmo um desinteresse em ver AMOR.





Às vezes sei de ti.




 

O que sinto 

Não cabe aqui nesse mundo.
 
Às vezes sei de ti, mas são poucos os momentos 

Hoje sonhei contigo, sempre presa a tua maternidade. Mas nem tu sabes de todo esse potencial.
Sei que tenho um passado contigo lá bem longe. Antes de nascer.
É puro.
Não te encontro mais, não frequento os teus lugares, mas disso não preciso. Tua essência está em mim.


quinta-feira, 12 de maio de 2022

Leia Recife, Leia Caldas Novas

 






uma criticidade diferente hoje em dia.

Lidar e lutar pela condição da mulher e do racismo. Sororidade, pensar no coletivo. Ter na leitura uma atitude a partir do momento de debate, de ter voz e desabafar. Maneira de estar perto e da união das ideias.

Leituras e encontros em Recife e Caldas Novas.


.-

Morfologia da dor-Julia Larré

Almas sonolentas- Carola Saaverda

sábado, 7 de maio de 2022

Amor, meu tempo





 "Vou viver como alguém que espera um novo amor"


Amor Clarice

Hilda Hilst

Amor de Vinícius

Chico 

Do meu tempo

Vivo



sexta-feira, 22 de abril de 2022

Solidão é meu segredo, meu ouro.

 






O mar era um som maior diante minha vida interior. Medos se perderam, meu pai estava lá.

Não tenho saudades nem cansaços. voltava pela primeira vez a cidade que vivi por 36 anos. Lugar tão vivo, imagino todas as risadas, de ir até a o Parque Dona Lindu de bicicleta para ler, escrever, comer um pedaço de torta sempre no mesmo lugar.

Era sempre desafiador sair aos domingos, às vezes ocupava o tempo outras o tempo demorava a passar e voltava para casa com muita solidão. Sensação que também faz parte, hoje a solidão quase não me é percebida. Criar casca e se dar melhor com as coisas da vida.

Quando lembro daqueles domingos, eu me sinto mesmo feliz. 

segunda-feira, 18 de abril de 2022

Menina

 

  


         Camila que conheci e que fez dissolver nervosismo e mágoa. Que tem 16 anos. Menina que presta atenção nos peixes pequenos da Água Mineral, que olha com calma. Pessoa que não é de Brasília, que não mora em Brasília, que nem trabalha e mora numa cidade satélite com todos os segredos do mundo de toda sensibilidade. Ela salvou o meu sábado e me fez fazer uma boa prova no domingo depois de uma conversa de poucas palavras.

terça-feira, 29 de março de 2022

Ontem conversei com uma escritora.





 Ontem eu conheci você e quando entrei no ônibus eu senti a calma de quando eu realmente conheci alguém de verdade. Não quero sair daqui, o lugar que lembro sempre é Itamaracá e caminhar pela cidade. Sei que voltarei a Recife para ter dos amigos uma conversa amiga e tomar um café no Cinema da Fundação. 

Os amigos de Brasília e já me sinto daqui. Ultimamente tenho cuidado mais das lembranças pois elas me trazem para o presente. Minha mãe e a mim.

Hoje eu entrei no ônibus e lembrei de ontem, da Carola Saavedra e de seu livro e de Macabeia e  da Paixão segundo GH. Constatei a certeza de todas as repetições para acertar na vida.


domingo, 27 de março de 2022

A falta de medo

 



Já não reconheço o aposto de uma solidão

Cada dia a menos

de um morrer que não existe

Tudo a seu tempo

Trabalho, a tua companhia

A falta de medo

de ti

de ser diferente

para gostar sempre da vida

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Cecília vivera mais


Crônica, 2010.


      

Cecília vivera mais.
Dias sem o tempo e a complicação das ruas da cidade, do cheiro irritado e miserável de quem busca o que nem sabe achar. As migalhas dos lugares ocos, os porres de uma vida amarga. Era mesmo um nervo a cada cigarro e no findar do dia, sobrava a expectativa de um amanhã diferente. O sabor da sujeira na alma era o pior de tudo depois de passar por tanta gente que traz a mediocridade nas veias e feridas expostas revestidas de uma forma de prazer inútil, destrutível, incansável. Então mais um cigarro para ver que quem está do lado é mero prazer “sobrevivente” que levanta da cama antes que a noite acabe. A mais louca ilusão que sentia Cecília, o vazio.
Era assim que voltava para casa, exausta, sentada no banco do ônibus e fumava o último cigarro daquela madrugada. Nesse instante parou e lentamente olhou para si como se desconhecesse aquelas mãos, as unhas num vermelho vivo, estava cansada de tudo. Mais uma vez não entendia por que estava voltando ou por que procurava aquele apartamento do outro lado da cidade. Não era seu mundo. A começar pelos sobrados de cômodos claustrofóbicos. Talvez aquela realidade fria trouxesse algum prazer, ou quem sabe a forma com que todos ali buscavam a felicidade. Era como se os impulsos inquietassem mesmo a vida. Não querer entender, apenas sentir. Isso era tão importante.
Foi assim que Cecília sentiu Antônio, como um devaneio a cada semana no cúbico espaço em que morava.

Amor bruto. Se é realmente esse o nome do devaneio mais inimaginável de Cecília. Mulher sensível a buscar o gosto de um homem de barba mal feita.
E como num ritual uma vez por semana, chegava e sabia o quanto era bom esperar Antônio e seus rompantes eufóricos e as mãos que tocavam suavemente. Euforia que se traduzia numa intensidade lenta a percorrer a noite.
A verdade é que para Antônio ela era o amor que nunca teve. A mulher doce e sensível de traços delicados. Tanto quanto ele,ela também era plena em sentir, desde o cheiro das coisas, como a força de cada olhar e o medo de perder.

E nesse medo de perder e mais ainda no de se achar é que Cecília começara a perceber naqueles olhos o que chamara de bruto amor. Era mesmo bruto, pois o que não tinha amarras, apavorava.
Era a falta de limites, sentir, sensação de liberdade. A ilusão de que podia chegar e sair sem hora e sem ninguém a lhe cobrar mero gesto de apego.
O fato é que nunca conseguiu entender que fugir fosse pior do que esperar o dia amanhecer e aceitar o quanto queria voltar quando a noite batesse. Bruto amor era não se deixar.
Não sentir o gosto da água nos lábios ressecos de tanto falar em silêncio, era negar apego tão grande por quem só lhe fazia bem.

Mas como estranhava tudo quando deixava aquele canto. Mas do que nunca criara dentro dela aquele lugar que respirava o silêncio Antissufocante do mundo. Forma insana de amar.
Cecília vivera mais, o que não tinha de ser.







 Lembrava de Lídia mais que Joana. Lembrar de Lídia para lembrar de Joana.

Certa vez vi na beira da praia o corpo de uma baleia, não era mesmo para esquecer a sensação. Grito calado, estirado em mim. O que se diz no leito da morte? Meus pés continuaram a caminhar e o grito ficou para trás.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Salvador





 

      É preciso tempo para sentir toda grandeza de uma nova cidade. Estive no Pelourinho, caminhei por ruas com calçamento de pedras. Lugares que não vou esquecer como a casa de Jorge Amado, Zélia Gattai e a Igreja de São Francisco. Salvador me traz felicidade pelo mar da Barra, pela ida ao bairro do Rio Vermelho. Ter harmonia na maneira de pensar a família de uma forma diferente. Conhecer as pessoas a partir das circunstâncias e o tempo de convivência nessa vida. Meus irmãos, meu pai, as interpretações na minha cabeça que ficam em silêncio. As fitas do Senhor do Bonfim amarradas na pequena Igreja em que os pedidos me embaralham e basta meditar um pouco e o que se pede é ter vida e um trabalho que eu possa ser incluída.

Salvador é mesmo uma cidade bonita.

Um pássaro sem fio

  Quase não se sabe da rotina incompleta Ainda só se imagina O estudo e a satisfação de cada término de cada dia Livros a inquietação  momen...