Eu gosto de poesia.
Eu gosto do silencio que cabe em cada linha poética que corresponde e não corresponde a cada vida, ao psiquismo das consciencias intermitentes. Palavras vividas por dentro, poesia. Estendo uma canga na praia, deito e olho para o céu, o sol ainda quente sem filtros, olhos que não aguentam muito tempo. Fecho as pálpebras e tenho a vida. Um corpo que escuta e não ve. O mar e depois a volta para cidade. Tudo que se refere ao pouco que posso ser: muros, inconstantes, enquanto que por dentro, cores intercaladas entre cinza e cinza, desenhos para sustentar a vida e suportar a morte. Vida que não é nada fatalista.
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