A cada vassourada repetia o mantra.
Arrumava a casa e a cabeça para o Ano Novo, reconhecia as coisas ruins e jogava um balde no meu da sala. Pessoas decepcionantes iam no meu do sabão.
Depois fazer as unhas, tirar os calos. Na mesa de cabeceira uma lista de telefones, os seus verdadeiros amigos. Palavras concisas no fim de ano.
Não tinha namorado e nem queria ter. Desejo pouco. Adorava-se e o silêncio.
A ceia de ano novo e um amigo. Mais um balde e o ladrilho foi ficando limpo igual o coração. Ela era feliz.