Não se sabe da dor. Natal não esconde marcas nos espelhos d`água. O silêncio na sala antecedem a Ceia e enquanto ela escolhe a roupa que vai usar, premedita a noite fria e silenciosa. Algo tem que acontecer. Na dor não se tem fome, na solidão também não.
Estar só.
Amanheceu, retirou os cigarros do cinzeiro, lavou o copo, o prato. Da festa se retirou, da vida não. Ele vinha todo ano. Amava-o profundamente.
Ela realmente não acreditava em Papai Noite, mas adorava Jesus. Natal real.
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