Os planos como estão na cabeça, como areia, que às vezes montam figuras e outras se embaralham e não tem sentido tão certo. Os escudos estão todos nos punhos, todas as mortalhas desembaralham e o futuro segue como pasto. O celeiro descomunal cheio de revanches. Ando e ando por um mundo com tantas pessoas e tantas pessoas genéricas. Recorro a pecados que se podem ser revelados. Avanço sem os conselhos alheios e me alheio a uma fartura de pensamentos. Eu vivo com tantos pensamentos e tento não me carregar de ninguém. Assim saio de todas as salas com quartos na cabeça mas nenhuma perspectiva. Nenhuma criatura e apenas a lembrança de uma bicicleta que vai bem longe e uma pessoa que carrega o que não quero mais saber.
Pessoas demais começam a me incomodar. Estou bem certa de toda a vaidade que quero, estou tão solta e passo horas tentando perder as horas, tentando entornar o sangue dentro de cada vontade de não falar quase nada.
O passado estatelado como o asfalto de Nelson, a opinião não me assusta e nem a historinha dos sexos dos anjos. A paixão nasce como quem vive. A natureza é tão digna e fiel ao amor que não negrita e permanece inteiro. Deita em mim, amor preferido. Me tira os pedais, me deixa deitar e encontrar pouco a pouco toda a minha verdadeira vida.
O amor é indefinível. Respira-se o amor mais desapegável. Como o colo que se oferta sem pronunciar perguntas. Amor além de materno.
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