terça-feira, 19 de abril de 2016

A alma que foge.





Adoro estar comigo.
E sentir tudo.
Escutar o barulho dos lábios,
enquanto fumo.
Ficar matutando sem me preocupar com ninguém.
Ouvindo milhares de músicas e o silêncio.
Os dois ao mesmo tempo.
Gestos simples, felicidade ampla.

Tantas tardes
Flauta doce
a mente
liberta.
Absorta
tantos diálogos
De mim para mim.

Cadeira de balanço
Palavras
Palavras
Por toda vida.
De toda vida.
A cadência
das teclas
o som da máquina
escrever
escrever
o corpo
torpe
Alma
não fica
no chão.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Um pássaro sem fio

  Quase não se sabe da rotina incompleta Ainda só se imagina O estudo e a satisfação de cada término de cada dia Livros a inquietação  momen...