sexta-feira, 8 de abril de 2016

O que está além do preto e branco.











Nasci trazendo saudade, sentindo falta.
Olhos curiosos e pedintes
Querendo resgatar algo
que raramente me permitiam entender por completo..

Sensação familiar que rasga as entranhas
Que me faz feliz no opaco
deste mundo.
Que me ajuda a não querer ir cedo,
a não mais pedir pra ir cedo.
E as rejeições que tanto atingem os mais sensíveis,
reverberam com pouca intensidade,
E a vida segue com tempos outros
num movimento que às vezes pode-se dar ao luxo
de baixar a guarda esquecendo de todo medo em querer viver a vida.
E assim o descanso, recostar a cabeça no peito sem defesas.

Sentimento grande,
Por tal complexidade a carga emocional me inquieta.
Me ensina a pedir silêncio e meditação.
Vestígios da falta e o coração resigna.
Aos poucos vou pisando de novo no chão.
O amor sublime assenta e volto a me acostumar,
com os sentimentos mais densos daqui.
O peito já não lembra da saudade.
A dor do amor ausente se vai.
E mais uma vez sinto o que não cabe nesse mundo.





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