segunda-feira, 29 de junho de 2015

E me divertia com o silêncio em aparência.













"uma grande amor grande do teu, 
tive sim"


Cheguei em sua casa no mês passado para conferir o que realmente sentia por você. Não demorou muito e quis ir embora pra nunca mais voltar.
Foi o tempo para me certificar de todas as evidências. E saí aliviada.
Quando entrei no carro e sintonizei na rádio que gostava. "Errei inocente" Cartola não saiu da minha tela mental até me afastar do teu bairro.

Nunca determinei um tipo de prazo para as questões da vida, mas dessa vez me instalei em seu ambiente de caso pensado. Não queria fugir, queria execrar qualquer possibilidade de olhar para você de forma amável. E você não se esforçou nada para desejar o meu descaminho.

Olhei para o chão do carro e por mais uma vez reparei em como eu era bonita. Quando observava as arestas que construía e que fazia sentir as coisas de forma não vazia.
Agora estava tão certa d que os objetos que possuía e as tendências da moda e daquela época não me abalavam tanto. As horas tão bonitas que alimentava dentro de mim. Tudo era intenso e o estresse quase não interferia atualmente em minha vida. Sentia medo de me sentir assim, pois sempre escutava as pessoas reclamando sobre o estresse. Também corria muito e trabalhava muito. Vivia dentro de uma atividade neural ativa e com muitos requintes de profundidade. O fato é que
 aos 32 anos já tinha construído uma vida particular bem prazerosa.  E me divertia com o silêncio em aparência. Pois o silêncio não acontece dentro de nós. 
O melhor exigia relaxar os nervos e isso eu conseguia fazer de várias formas e em vários lugares. Conseguia prolongar os prazeres de forma extensiva dentro da mente. Aprendi a encaminhar as ideias. Assim me sentia bem na maioria das horas do dia.
Parece que aos poucos consigo captar melhor a vida. As ideias estão vindo, faço-me propostas possíveis o tempo todo. Escapolem todo tempo em pensamento. Uma felicidade bem diferente de outrem, bem palpável. 



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