terça-feira, 23 de junho de 2015

O mundo sem estranheza chamado Lispector











Clarice me faz ver.



Como se fosse o mundo apartado da profundidade e Clarice acolhe aqueles que pensam demais.
De forma agonizante o pensamento, e o repouso em suas linhas e letras.

"Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, esperarei quanto tempo for preciso."

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