quarta-feira, 2 de março de 2016

O labirinto






Quando no labirinto
Não se sabe de muito coisa
Noção que não se soma

O quarto perdido na sala
Exposto a todos da casa
Que estão quase sempre virados
somente para suas janelas
Quase como os flanelinhas
que pedem pela simples ilusão
de trazer em garrafas
água e sabão
quando apenas
embaçam toda a visão.


 Já cansada
Eu pego a planta da casa
e observo de vários ângulos
Mas não encontro os nomes
dos que vivem comigo
Como penso em minha cabeça.

Em nenhum canto
E nenhum cômodo
existe porta
Respiro em alívio
O labirinto se desfaz

Mentalmente recoloco o meu quarto
no lugar
Mudo de lado na cama 
deixo de lado o velho sonho. 
Tão recorrente nesta vida.







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