quinta-feira, 16 de julho de 2015

Os transeuntes, Quando não me chamo Consuelo.

Quando aos 32
já olho pros lugares que passo com frequência.
Ando me preocupando em não me reconhecer em nada. Em me aprofundar no silêncio.
Em me despertar em vazios, em apenas sentir as pálpebras articulando entre o escuro. Deixar de expectar. Há tanto que não vejo ninguém como um participante da roda da vida. Pessoas de várias tribos comportando-se e vestindo-se a serem identificados conforme um rótulo. De falas parecidas.
Que tédio.

Invento um mundo para me proteger e me confortar.

Aos 32 tudo é pequeno problema.
E ser diferente é questão natural.
Não se vive em bandos.
E o nada é um ponto qualquer.


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