quinta-feira, 2 de abril de 2015

Memória.

Sonhei que tinha muitos relógios de pulso sobre meu quarto e consultava todos. Cada um com uma referência diferente. Uma reprodução da realidade embalada, era um presente de minha terapeuta.
Morava bem perto do mar. E dentre minhas cadernetas estava cenas de 2005 bem descritas. 

Um assunto muito revisto em minha memória. Como entender um momento que poderia ter sido algo abortivo em minha existência. O lugar que tenho medo de visitar em minha mente, mas quem sempre reconduz meus momentos. E eu decidi depois de tempos ser muito minuciosa em tratar das falácias e de me aprofundar nas palavras que tenho em qualquer relação da vida. 

Estou há dez anos sempre olhando para a sala que quase me perdi. Mas acredito que não existe irreal nas articulações da mente. Ainda não consegue se explicar o que sente o espírito em sua totalidade. É ainda um mundo cifrado. 

Em 2005 o surreal se tornou evidente em minha vida, mesmo com uma ocorrência indigesta. Reencontrar o fio da vida foi coisa bem longa. As tendências mentais estão todas por trás de toda conduta moral que tenho que ter em nessa vida. O medo de perder o fio outra vez é constante e como luto. As linhas são tênues demais e uma pessoa pode sair de um polo a outro num instante. 

Percebo que sempre tangencio o surreal, mas também percebo que ainda não é o momento. Às me encontro em uma gaiola por necessidade. necessidade de me aproximar do tempo das pessoas que me comunico. Mas sempre querendo a liberdade de me utilizar de tudo que sinto e que não posso trocar com mais ninguém por completo.

Então vivo trocando fragmentos. Meias conversas entre diálogos. 
O medo do que se propõe nas palavras. 



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