Não houve disfarce. Não era segredo.
Há muito que possuía um sentimento pronto. Olhava para ele e me adentrava num costume antigo de me deslumbrar, sem precisar jogar.A nitidez estava ali e de certa forma eu me sentia muito bem amada.
Talvez precisasse de mais tempo para acomodar a lembrança daquele rosto que me cativava tanto. Há muito que não encontrava tanto interesse de minha parte. Desses homens não havia mais. O fato de um rosto habitar-me era um certo tipo de amor. Parece que toda a areia foi retirada do fundo do poço. E eu voltei a querer a companhia positiva de um ser, que tenha ombros largos para eu sentir a necessária ilusão de que serei protegida. Quando quem protege muitas vezes sou eu.
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