sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Profunda maré

E o pré-sono me desarma a vida.

Estado que tira a proteção e tudo que acontece no dia me vem de outro jeito. Tem horas que tenho que me levantar da cama pelo susto de um pensamento distorcido.
Pensamentos de má fé, de muita má fé. É o rompimento de idiossincrasias articuladas na posição ambígua da mente. Verdades que não consigo perceber, pois a realidade de dia é menos calculista que as cobranças da noite.

Pensamentos dentro de alfombras, e a solução é viver pela metade. Pois o que se pensa é relativamente uma ilusão, as impressões implícitas nos olhos de alguém.
E o que significa o que outros pensam?

E a cabeça entre moldes desmoldáveis em todo pré-sono enlouquecedor. Cicatrizes ensombreadas.
Medonha sensação de encobrir o real.




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