Tem gente que vê
na ousadia
um sinal de alerta
Corre em mim sentimentos
loucos
que tem medo de homens vazios
Porque a razão segue uma linha
estreita
de homens caretas
tem que ver...
No último ano
Estava tão livre
naquele Ulisses
Estava cansada de viver de ironia
A vida pra mim
é não me deixa levar
por homens vadios
de almas de merda
E não me importa mais
a lembrança
nem a solidão
por viver em desvarios
O silêncio é meu amigo
me deixa longe
da cegueira do povo
mesquinho
Dezembro-40 mil vidas-envelheço. No espelho nunca esqueço meus 20 anos. Tudo é memória, o presente, sábio.
terça-feira, 30 de setembro de 2014
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
O exílio
O exílio não é um lugar físico, é um estado de consciência. É perder as referências de momentos bons e conduzir o humor a um certo costume.
Às vezes estar-se junto de alguém vai muito além do corpo. O transcendente.
É quando não existe o exílio.
Em equilíbrio nasce o amor.
Às vezes estar-se junto de alguém vai muito além do corpo. O transcendente.
É quando não existe o exílio.
Em equilíbrio nasce o amor.
Martena
Namorar um cego é demais.
E tão sensível.
Cheguei em oferendas
Eram tantos açoites
E eu nem aí para açoitar
Adorava quando a noite chegava
Os seus olhos pareciam a Lua
Eu queria um par de chinelos
Uma alma quente
E ele queria casar.
É...
Me traz um frescor de bondade acerca do mundo
Assim de ego e ego que me ensinasse a não me decepcionar
com ninguém, com ninguém.
Através disso me ensinasse a capacidade
de ter tudo
O que o olfato há de precisar
E no ventre,
sentimento de esconder.
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
A vida não tem espelhos
Em todas as vezes que pude nadar foi incrível.
Senti a fluidez dos meus sentidos e dessa forma recortei a tecitura
Era como os prazeres me descompensassem por muito tempo e a sensação tão pequena do orgasmo ultrapassasse o sentido puramente sexual.
É como estivesse num estado tão líquido misturados com sensações mentais extremamente fortes e de lúcido sentido.
Era como se naquela piscina eu me misturasse ao plasma que poucas vezes percebia envolto nas outras pessoas.
A possibilidade de não mais ter segredos e nada do que me permitia sentir estivesse errado.
É como se estivesse numa atmosfera em que a significação corporal fosse quase líquida e ao mesmo tempo misturada às outras pessoas. Enquanto o corpo estava desperto, a alma era aquecida a uma temperatura indomável.
Nessa teoria não havia espelhos.
Percebi que tinha perdido a audição. E um silêncio tinha começado a fazer parte da nova composição de minha atmosfera psíquica.
Agora caminhava de forma suave apesar de ainda não ter desapegado as marcas. Olhei então para o chão de minha casa e estava coberto de signos linguísticos, de folhas de jornais em recorte. De molduras prontas para fotografias importantes, coisas para reconhecer e elevar o ego.
Olhei para porta e ela estava aberta, retornei o olhar para o meio seio e descobri que quem eu imaginava que a já não era mais. Estava em outra reencarnação que não sabia em qual ano nem lugar. Mas ainda estava visitando aquelas lembranças. Olhei pra minhas sandálias e de repente olhei pra meu corpo novamente e estava entre pedaços do que eu era e do que sou.
A imagem que tinha das impressões de todos os movimentos que faziam estavam em repetição o tempo todo. Alternava aquelas sensações há muito tempo. E aos poucos comecei a refazer as sensações e voltar a ter uma só realidade. Nesse entretempo eu reconheci pessoas que não fazia ideia de onde vinham. Mas comecei a me incomodar com todas as lembranças fortes que não permitiam que pessoas novas encontrassem espaço em minha vida. Aprendi aos poucos a suportar uma ausência que levava a estagnar a minha sensibilidade.
Descobri que não preciso de reconhecimento e nem de quer nada além do que já existe dentro de mim,
*A primeira parte do texto foi quando perdi minha consciência e fiquei em coma.
Senti a fluidez dos meus sentidos e dessa forma recortei a tecitura
Era como os prazeres me descompensassem por muito tempo e a sensação tão pequena do orgasmo ultrapassasse o sentido puramente sexual.
É como estivesse num estado tão líquido misturados com sensações mentais extremamente fortes e de lúcido sentido.
Era como se naquela piscina eu me misturasse ao plasma que poucas vezes percebia envolto nas outras pessoas.
A possibilidade de não mais ter segredos e nada do que me permitia sentir estivesse errado.
É como se estivesse numa atmosfera em que a significação corporal fosse quase líquida e ao mesmo tempo misturada às outras pessoas. Enquanto o corpo estava desperto, a alma era aquecida a uma temperatura indomável.
Nessa teoria não havia espelhos.
Percebi que tinha perdido a audição. E um silêncio tinha começado a fazer parte da nova composição de minha atmosfera psíquica.
Agora caminhava de forma suave apesar de ainda não ter desapegado as marcas. Olhei então para o chão de minha casa e estava coberto de signos linguísticos, de folhas de jornais em recorte. De molduras prontas para fotografias importantes, coisas para reconhecer e elevar o ego.
Olhei para porta e ela estava aberta, retornei o olhar para o meio seio e descobri que quem eu imaginava que a já não era mais. Estava em outra reencarnação que não sabia em qual ano nem lugar. Mas ainda estava visitando aquelas lembranças. Olhei pra minhas sandálias e de repente olhei pra meu corpo novamente e estava entre pedaços do que eu era e do que sou.
A imagem que tinha das impressões de todos os movimentos que faziam estavam em repetição o tempo todo. Alternava aquelas sensações há muito tempo. E aos poucos comecei a refazer as sensações e voltar a ter uma só realidade. Nesse entretempo eu reconheci pessoas que não fazia ideia de onde vinham. Mas comecei a me incomodar com todas as lembranças fortes que não permitiam que pessoas novas encontrassem espaço em minha vida. Aprendi aos poucos a suportar uma ausência que levava a estagnar a minha sensibilidade.
Descobri que não preciso de reconhecimento e nem de quer nada além do que já existe dentro de mim,
*A primeira parte do texto foi quando perdi minha consciência e fiquei em coma.
O sonho
"Vai ter uma festa
que
eu vou dançar
até
o sapato pedir pra parar.
aí
eu paro
tiro
o sapato
e
danço o resto da vida."
Flor de Açucena
Não mais e véspera
Não tão hermética
Um ser extremamente claro me presenteou com sua companhia
Desde que chegou branqueou meus dias
Mas que olhos verdes, infantis, luminosos
A melhor pessoa que me aconteceu nos últimos tempos
Que se deita e acorda comigo
A quem acaricio e faço dengos infinitamente
É lindo cuidar de um ser
Meu doce apego
terça-feira, 23 de setembro de 2014
Estar no eixo
Estar no eixo
na condição de umbigo do mundo
Faz ter uma noção muito pequena
da realidade.
na condição de umbigo do mundo
Faz ter uma noção muito pequena
da realidade.
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
As palavras
O corredor era tão iluminado e ela sentava sempre na sala
depois do jornal.
Colocava o corpo silenciosamente dentro do pano da
espreguiçadeira e tomava um café. Seu corpo era longo quase tapava toda estampa
da cadeira. Hoje comprara a canja, Aninha estava doente. Lis não sabia cozinhar
e nem arrumar casa. Todo seu trabalho era confeccionar os livros que vendia. De
noite empurrava a bicicleta carrinho e rodava as praças da cidade. Lis e Pérola
tinham um selo cartonero que se conheceram em mais uma das oficinas literárias
que faziam. Ser escritora era algo que unia as duas, algo grandioso que estava
por trás das palavras.
A palavra era a coisa que mais trazia vida a Lis, era
tudo que tinha de mais honesto. Pegou suas cigarrilhas e tratou de gastar o
batom em seus filtros e a sentir um prazer que era sempre rotina. Como era ter
rotina. Não fumava muito, apenas o pouco para que tivesse coragem de se
levantar e colocar uma boa roupa e calçar um dos seus pares de tênis. Dessa vez
tinha caprichado no papelão e usava tintas para fazer as capas do seu conto que
tinha virado um livreto. Chamava A Mulher das Pérolas, afinal a verdadeira
mulher das pérolas foi muito especial em sua vida. Tinha saudades de pessoas
que trazem uma realidade tão incrível, mas aos poucos decidiu curtir a saudade
de outra forma. Pois o caminho segue e é preciso deixar as pessoas em suas
realidades. Realidade é algo que se contrapõe na vida e até quando temos a
nossa e não precisamos de comparações e insegurança. Enquanto trabalhava Lis
vivia uma realidade concreta e todas as outras que surgiam em sua mente eram
muito mais imaginativas do que as outras.
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
terça-feira, 16 de setembro de 2014
Capitu
O mar de ressaca em teus olhos
Que não mais vejo
Um mar de ausência
Um mar.
Que revolve a areia
Ondas por cima de ondas
Teu mar verde
E minha inconsequência
de olhar a ti em amoroso
desatino
A pessoa que reencontro
nesse mundo
Como amor maior
Puro e livre
Que não mais vejo
Um mar de ausência
Um mar.
Que revolve a areia
Ondas por cima de ondas
Teu mar verde
E minha inconsequência
de olhar a ti em amoroso
desatino
A pessoa que reencontro
nesse mundo
Como amor maior
Puro e livre
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
domingo, 14 de setembro de 2014
Anunciação
Quando o amor nasce
mina todos os meus caminhos
Lento e profundamente
desorganizando todas as minhas defesas
É quando me entrego ao carinho
ao olhares silenciosos
a certeza exata dos meus gestos
sem nenhuma necessidade
de jogar ou omitir
os meus desejos.
Amar
não sei o exato momento
em que meu corpo desperta
para a carne e a alma
ao mesmo tempo.
Acredito que o amor está
mais uma vez chegando
meu corpo anda dizendo.
mina todos os meus caminhos
Lento e profundamente
desorganizando todas as minhas defesas
É quando me entrego ao carinho
ao olhares silenciosos
a certeza exata dos meus gestos
sem nenhuma necessidade
de jogar ou omitir
os meus desejos.
Amar
não sei o exato momento
em que meu corpo desperta
para a carne e a alma
ao mesmo tempo.
Acredito que o amor está
mais uma vez chegando
meu corpo anda dizendo.
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
De uma paixão chamada G.H.
Com G.H. aprendi a necessidade de uma terceira perna
pois à vida de nada agrada o descontrole.
Com Clarice compreendi que o impossível é não viver por dentro
sem a intenção de sanar os medos, os nervos e o desapegos.
Eles vão e vem em equlíbrio ou não.
Continuo sentindo falta
de uma sensibilidade esquecida
de uma bondade sobrenatural.
Os meus lugares favoritos estão suspensos
projetados em meus pensamentos
Ávidos por possibilidades de existir.
Acredito que a comunicação ainda é muito falha
Talvez organizar as ideias num livro ainda me é mais tranquilo.
Ainda não me dou com a tendenciosa comunicação humana.
pois à vida de nada agrada o descontrole.
Com Clarice compreendi que o impossível é não viver por dentro
sem a intenção de sanar os medos, os nervos e o desapegos.
Eles vão e vem em equlíbrio ou não.
Continuo sentindo falta
de uma sensibilidade esquecida
de uma bondade sobrenatural.
Os meus lugares favoritos estão suspensos
projetados em meus pensamentos
Ávidos por possibilidades de existir.
Acredito que a comunicação ainda é muito falha
Talvez organizar as ideias num livro ainda me é mais tranquilo.
Ainda não me dou com a tendenciosa comunicação humana.
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
O mar da senzala
A saudade não é sã
A saudade não existe
A saudade que nasce e morre dentro de mim
Saudade não se mata
Pois assim não se é mais.
O banzo que sangra em meu corpo,
que projeta as imagens inesquecidas,
sensações embaralhadas e ternas
Os olhos se fecham e a cores
adentram em meus escuros silêncios.
As cores que vejo não tem por aqui.
As cores estão todas dentro de mim.
E saio todos os dias à procura de uma pessoa
que me encontre em silêncios e cores
que me deixe
desconectar um pouco
do ostracismo do mundo.
Lembrança da senzala
A saudade não existe
A saudade que nasce e morre dentro de mim
Saudade não se mata
Pois assim não se é mais.
O banzo que sangra em meu corpo,
que projeta as imagens inesquecidas,
sensações embaralhadas e ternas
Os olhos se fecham e a cores
adentram em meus escuros silêncios.
As cores que vejo não tem por aqui.
As cores estão todas dentro de mim.
E saio todos os dias à procura de uma pessoa
que me encontre em silêncios e cores
que me deixe
desconectar um pouco
do ostracismo do mundo.
Lembrança da senzala
O mar,
Quando não estás,
Quando nunca mais,
Apenas pensar.
Caminho do mar
E tudo sempre
Estará dentro mim.
E se não estás,
Vou até o mar.
domingo, 7 de setembro de 2014
Desapontando o tempo
Acredito que amo bem mais o que não está pronto.
O que requer muita atenção e cuidado.
Amo a forma como me olhas.
Acredito na redenção humana, e quando o caos existe há uma possibilidade infinita de amadurecimento.
Acredito no amor
num construir incansável
que faz com que dois seres busquem harmonia
A vida construída a partir da imensidão de dois corações
que seguem mutuamente em silêncio
conectados pelo amor verdadeiro
Se eu pudesse
colocar em palavras
a sensação interminável do amor...
vivo em amor constante
vivo retirante
sempre apontando
para dentro
desviando dos cárceres
da pontualidade do tempo.
O que requer muita atenção e cuidado.
Amo a forma como me olhas.
Acredito na redenção humana, e quando o caos existe há uma possibilidade infinita de amadurecimento.
Acredito no amor
num construir incansável
que faz com que dois seres busquem harmonia
A vida construída a partir da imensidão de dois corações
que seguem mutuamente em silêncio
conectados pelo amor verdadeiro
Se eu pudesse
colocar em palavras
a sensação interminável do amor...
vivo em amor constante
vivo retirante
sempre apontando
para dentro
desviando dos cárceres
da pontualidade do tempo.
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Desapego em preto e branco
Agora,
Podes passar
de quaisquer cores
Podes fazer o que quiser
mas não me abalo.
Valeu Elis!
de quaisquer cores
Podes fazer o que quiser
mas não me abalo.
Valeu Elis!
terça-feira, 2 de setembro de 2014
Malamor
Permaneço ao relento
Quando as folhas caem
E o vento triste do acontecimento,
Reside em minha manhã.
A chuva caindo lá fora
Entretanto a plenitude de minha doce aurora
Amplia meus sonhos de esperança
Em ti e por ti me deixo
Com todo sentimentalismo
Que podemos nos dar
Encontro sempre dentro de mim
A saudade e o silêncio
Sou feita de imensidão
Mas a razão hoje
Me comove tanto
E tanto
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A morte acompanha a vida.
É o que penso. sinto a fragilidade de viver Deus sabe como se estivesse pronta acompanhando o meu mundo mundo imantado meu silêncio pensamen...
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Uma vez por semana me encontrava com ela, tomávamos café e líamos uma para outra. Quase um namoro. Ela não sabia e nunca iria sabe...
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Até certo ponto amor será esquecido amizade fortalecida sentimento de pássaro liberto afeto digno de viver
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O tempo era sempre estrangeiro. Gostava de tudo em você, gostava de você. Às vezes era bom ir embora. Sensação que não tinha fim. Quase nun...