Com 30 anos já se pode ver o mundo.
Mais uma vez procurava, quando ia parar com essa falta? Sim, estava no mundo dentro e fora dele. As pessoas são bonitas, todas elas. Mas preciso mais que isso, preciso de alguém com quem eu possa me entender. Afinal não vim com o propósito de ganhar e juntar dinheiro. Tenho certeza que não terei mais que o necessário.
Desde que descobri que conhecimento pode libertar. Queria acreditar que as cabeças pensantes fossem humildes, porque quanto mais se sabe mais se é simples e se faz uso da delicada sutileza.
Desprender é provavelmente a sensação mais humana e libertadora. É quando o valor das coisas materiais não tem peso. Saber que pode-se ser além da necessidades consumistas.
Hoje eu não consigo falar nem a metade do que tenho aprendido com vivências e análises desse tempo. Quero guardar bem essas palavras na espera de alguém para compartilhar. Ainda não achei, e penso que realmente posso dividir com as pessoas. Infelizmente erramos tanto e a vida se torna pequena, de sentimentos mal explorados.
Geralmente o que as pessoas falam e fazem me dá medo. A vida não é uma luta, afinal somos indivíduos lutando pelo coletivo. O ser pode tudo. Nesse tudo ele escolhe na maioria das vezes se prender em pequenas dificuldades.
Estou sempre buscando encontrar nas pessoas a grandeza que existe desde que vivo. A nobreza de alma, o amor livre de cobranças e a liberdade.
Continuo na lida, no tempo presente e sempre descongestionando o passado. Presentemente ativa e capaz de estudar e com sede disso. Quero entender todas as minhas tendências negativas e analisar tudo todos os dias. Saber que sou responsável também pelo outro.
Acredito no amor e na indulgência.
A cápsula do tempo
Estou com os hieroglifos
E com a certeza
Como a dedicação operária
aos meliantes conflitos