domingo, 24 de setembro de 2017

Eu gosto de poesia.




Eu gosto de poesia. 
Eu gosto do silencio que cabe em cada linha poética que corresponde e não corresponde a cada vida, ao psiquismo das consciencias intermitentes. Palavras vividas por dentro, poesia. Estendo uma canga na praia, deito e olho para o céu, o sol ainda quente sem filtros, olhos que não aguentam muito tempo. Fecho as pálpebras e tenho a vida. Um corpo que escuta e não ve. O mar e depois a volta para cidade. Tudo que se refere ao pouco que posso ser: muros, inconstantes, enquanto  que por dentro, cores intercaladas entre cinza e cinza, desenhos para sustentar a vida e suportar a morte. Vida que não é nada fatalista.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Sina



A dignidade
Sem corroer por dentro uma mesma frase
A mesma réstia do secundário amor pela própria vida
A espera que segue nos compassos da veia escrita
O sinal de silêncio quando tudo ainda não vem

Volver sementes
Abris caminhos
Romper os vasos
Pular os muros
E sobretudo não ser a frase feita
De palavras santas que queimam
Como os vitrais ao Sol.

Tânia Consuelo.2014.



 
     



segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Duas vidas

 De cabeça para baixo
ser intenso
Flocos de neve
Em vidas que amam não ser
             apenas vidas.




sexta-feira, 8 de setembro de 2017


Como se a vida toda eu precissasse ser alguém que não pode dialogar com outro tipo de realidade que não essa necessidade da eterna e doentia necessidade de ter que ser constante felicidade. A tristeza que não precisa ser negada para os sentimentos serem vivos dentro de mim. Para que eu não precise da dor que é estar na superfície. Para não suportar apenas, para não me esquivar e poder estar em paz com o que reverbera em mim a partir da limitação de existir. Prazer de sentir tudo, de viver completamente.

A morte acompanha a vida.

É o que penso. sinto a fragilidade de viver Deus sabe como se estivesse pronta acompanhando o meu mundo mundo imantado meu silêncio pensamen...