domingo, 25 de dezembro de 2016

A certeza de ser atemporal o sentimento.






25 de dezembro de 2016.

Recostei a roupa que estava no cabide na cadeira ao lado da cama e deitei um pouco antes de me vestir para a ceia de natal com meus pais. Durante o sono estive numa casa e encontrei com titia Tânia sentada numa cadeira de madeira no alpendre, sorri com o olhar ao passo que retribuía com um sorriso tranquilo. Minha tia da forma que só pude ver em fotos, tempo que foi professora e que andava elegante, de corpo esguio. Era mesmo muito bonita. Entrei e na sala tinha uma lareira, a luz e o calor do fogo me trouxe uma sensação boa. Pensei que o sentimento nunca se perde e independe do tempo e do momento de cada vivência, sentir-se confortável está relacionado somente ao que as pessoas nos proporcionam, o que cabe ao universo interior de cada ser. Um coração valoroso sempre será um coração valoroso em quaisquer circunstâncias da vida. Na antessala vi que tinha alguém tocando piano e cantando bem suave, dava para ver que tinha uma alegria muito grande em estar ali tocando. Quando me aproximei, sorri de imediato pela alegria que era reconhecer aqueles cabelos curtinhos e sentir aquela energia tão boa diante da música. Elis e seus olhos me abraçavam, a sensação de um amor maternal. Voltei para sala, sentei no sofá e já não era a voz de Elis que escutava, em um volume muito baixo escutava uma música de Marisa Monte. Adorava aquela música, de escutar na minha casa enquanto Açucena ficava do lado. Vida boa de ter. 






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