O fato é que o dia anda nascendo tarde.
As pessoas que estão dentro de casa me dão medo nesse momento. Apavora os meus nervos não ter ninguém quando acordo. A sensação é de estou tão intimamente ligada a uma dependência por causa da falta de saúde. A casa vazia e o eu sem estar à vontade na vida. Falta o que não sei dizer, um estranhamento que me descompassa.
Qualquer música me enjoa, nenhum motivo é invariavelmente cansado na mente desconsolável. Continuo à procura do que nunca tive em termos, procuro alguém para encostar meus medos e desconsolar meus caminhos cheios de aflições não aparentes.
Sinto um vazio e a boca do estômago dói e a vida desaparece. Torna-se algo bem indisposto. Olhos alheios tornam-se vidros. E a vida vira motivos para publicidade e o desaconchego é inevitável. O frio que está nas pessoas e a falta do carinho que se encontra quando se está bem dentro do mundo.
Dezembro-40 mil vidas-envelheço. No espelho nunca esqueço meus 20 anos. Tudo é memória, o presente, sábio.
sábado, 24 de janeiro de 2015
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
Solo
Eu pensava pra mim, estudava todos os motivos que me fazem ver pessoas e todos os objetivos que me levavam a cacular tudo.
O que falo e as várias maneiras que sou entendida por aquela fala. A imagem de tudo que chatamente calculo e me preocupo. A necessidade ridícula de querer interpretar as intenções. As propagandas de sentidos tão medíocres, a ironia que o ser humano põe em tudo.
Alguém me dá uma sandália e a marca me causa um impacto. Louco e Santo é a marca da sandália. Nenhum nome nesta vida é à toa. Lembro o quanto faço perguntas internas incessantemente e decodifico as respostas em qualquer coisa. Teve época sem que as respostas eram obtidas pelo movimento da janela do meu quarto. Isso é o começo de loucura.
Desacreditei das persianas e retirei por muito tempo esse tipo de associação. Mas nessa vida em que as pessoas não respondem quase nada, repito muito nos tempos em que estou só perguntas. Aí me entretenho e mantenho um foco em cada indagação.
Estava hoje caminhando e pensei por mais uma vez como repetimos atitudes. Morremos e voltamos com os mesmos problemas. É tão medíocre ser assim na vida. Preocupações tão pequenas e muitas mortes pelo vício da mente encharcada de preocupações como ganhar dinheiro, casar, e nada mais modesto do que ter muito ídolos e se achar bem longe de uma inteligência que vai além.
Descobertas incalculáveis são enterradas. A vida sendo exposta com ações medianamente incapazes. E o homem se torna algo acuado e cheio de medo. Engordando, ou talvez inchando de tanta opulência inativa. O homem que não sai da zona de conforto, que enche o corpo de privações e malévolos vícios.
A doença mental que excita a inocente e exposta verdade da relação com o corpo e a sexualidade. Que cutuca constantemente aqueles que mastigam e bebem para aniquilar a memória. Quando a arte supre estas memórias de forma presente; transformando os afetos. As dores expressas em criatividade. Finitos homens de paixões destrutivas, reencarnando milhares de vezes em desalinho.
Os homens, como entender tudo isso de surreal?
O que falo e as várias maneiras que sou entendida por aquela fala. A imagem de tudo que chatamente calculo e me preocupo. A necessidade ridícula de querer interpretar as intenções. As propagandas de sentidos tão medíocres, a ironia que o ser humano põe em tudo.
Alguém me dá uma sandália e a marca me causa um impacto. Louco e Santo é a marca da sandália. Nenhum nome nesta vida é à toa. Lembro o quanto faço perguntas internas incessantemente e decodifico as respostas em qualquer coisa. Teve época sem que as respostas eram obtidas pelo movimento da janela do meu quarto. Isso é o começo de loucura.
Desacreditei das persianas e retirei por muito tempo esse tipo de associação. Mas nessa vida em que as pessoas não respondem quase nada, repito muito nos tempos em que estou só perguntas. Aí me entretenho e mantenho um foco em cada indagação.
Estava hoje caminhando e pensei por mais uma vez como repetimos atitudes. Morremos e voltamos com os mesmos problemas. É tão medíocre ser assim na vida. Preocupações tão pequenas e muitas mortes pelo vício da mente encharcada de preocupações como ganhar dinheiro, casar, e nada mais modesto do que ter muito ídolos e se achar bem longe de uma inteligência que vai além.
Descobertas incalculáveis são enterradas. A vida sendo exposta com ações medianamente incapazes. E o homem se torna algo acuado e cheio de medo. Engordando, ou talvez inchando de tanta opulência inativa. O homem que não sai da zona de conforto, que enche o corpo de privações e malévolos vícios.
A doença mental que excita a inocente e exposta verdade da relação com o corpo e a sexualidade. Que cutuca constantemente aqueles que mastigam e bebem para aniquilar a memória. Quando a arte supre estas memórias de forma presente; transformando os afetos. As dores expressas em criatividade. Finitos homens de paixões destrutivas, reencarnando milhares de vezes em desalinho.
Os homens, como entender tudo isso de surreal?
domingo, 18 de janeiro de 2015
Singular
Pesado golpe é não se ver desde a infância.
Repartir-se de qualquer família. Ser singular.
É preciso ter 32 anos e perceber que nada se distancia de mim. As pessoas vem e necessariamente vão. Contar só até onde termina você. Nada melhor do que saber onde tudo termina. Se distanciar de que qualquer apego inconteste. Não mais nenhuma passado cheios de fortes impressões de quaisquer pessoas. Ideias sem remetentes me vagueiam, afagam a mente. Viver sem estúpida ideia de que existe o outro.
Sem apego e fotografias fixas na cabeça.
Sem gaiolas existenciais.
Amores possíveis.
Repartir-se de qualquer família. Ser singular.
É preciso ter 32 anos e perceber que nada se distancia de mim. As pessoas vem e necessariamente vão. Contar só até onde termina você. Nada melhor do que saber onde tudo termina. Se distanciar de que qualquer apego inconteste. Não mais nenhuma passado cheios de fortes impressões de quaisquer pessoas. Ideias sem remetentes me vagueiam, afagam a mente. Viver sem estúpida ideia de que existe o outro.
Sem apego e fotografias fixas na cabeça.
Sem gaiolas existenciais.
Amores possíveis.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
Quase tudo pejora.
Me assusto com todas as repetições.
Sensação de que tudo acontece muitas vezes.
Reconheço fatos, que são assustadoramente iguais.
E minha mente vai e volta em um segundo.
A vida é medíocre demais.
Cansa e cansa.
Tento e não consigo.
Tudo é muito pejorativo.
Concentrar-me num lugar e entender o que se tem nos livros. Em alguns livros.
A tradução na arte e alguns conversas que instigam a vida.
O resto se dilui.
maquinalmente.
terça-feira, 13 de janeiro de 2015
Canto
Ensina-me a comer pipoca.
Trava-me a mandíbula
Algumas telas mentais
cega
fadiga
O Exílio
meu estado de espírito
Sintonia
ultrapassar
medíocres
lembranças
O canto.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
Parto 32
Mater ausência
Madreasta
Maciça, reativa,
inacessível.
.
O medo
do medo
fragmentada
adoecida
entremeada
pela fuga
Ser eu
desafeto
Ser eu
arguta
Imagem Auditiva.
Madreasta
Maciça, reativa,
inacessível.
.
O medo
do medo
fragmentada
adoecida
entremeada
pela fuga
Ser eu
desafeto
Ser eu
arguta
Imagem Auditiva.
Olhos
embalam
e não
embala
a bala
que aponta
Mater amada
Veste pronta para partida.
Os olhos na mesa
O corpo e a beleza
E parto
ouvidos a ti-mágoas
Anti matéria
desassossego.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
Assim à toa...
Aquela
onda longa se desfaz na imensidão e eu sentadinha revendo os dias, sentindo uma
completude.
Nunca vi
felicidade assim...
E quando
a morte acaba é que a dor refaz a vida.
Olhos
limpando os horizontes e mostrando que mesmo sem estar pronta, estou de fato
completa.
As
músicas me lembram quase como os cheiros e me faz sentir um amor honesto.
Os vazios
que enlouquecem, continuam vivos e vez por outra ocultam a minha essência.
Mas a
essência não se mostra assim à toa...
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