sábado, 20 de dezembro de 2014

Onde anda o fino da bossa?



Mundos prolixos
esquecidos

Entre peças desconexas
Pessoas em trotes descompassados

E eu passava horas
enfileirando os cigarros
olhando não mais com os olhos

A vida que nunca toca

a permanente névoa
nas lentes de contato

dispensei os óbvios
.
recusei padrões
.
derramei em mim o líquido da placenta
.
minha placenta
.
.
.

Agora 

observo sem pudor
quase tudo 
que me cansa


Pessoas 
repetidas
repetem
a vida

Pessoas com senzalas na cabeça
Acumulando 
medíocres sensações.

oculta
a alma
elegante
que observa.







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