quinta-feira, 30 de abril de 2020

Palavras vividas por dentro.







Eu gosto do Ricardo, de um mineiro, da poesia. eu gosto do silêncio que cabe em cada linha poética que corresponde não corresponde a cada vida, ao psiquismo das consciências intermitentes. Palavras vividas por dentro, poesia. Estendo uma canga na praia, deito e olho para o Céu, o Sol ainda quente sem filtros, olhos que não aguentavam muito tempo. Fechar às pálpebras e ter a vida. Um corpo que escuta e não vê. Que sente o calor na beira e depois volta a enfrentar o que está nas periferias, a ilusão entre as paredes grafitadas. Desenhos coloridos nas paredes parecidos com as pinturas das cavernas, tudo que se refere ao que podemos ser: desenhos e muros, periféricos, inconstantes enquanto que por dentro, dentro de cada ser existem cores intercaladas, muitas vezes entre cinza e cinza, desenhos para sustentar a vida e suportar até chegar a morte. vida que nada é fatalista.

o que não sei rejeitar
o que não aprendi
Exílio.

terça-feira, 21 de abril de 2020

Tempo, tempo. Vida,vida.








O sonho foi mais ou menos assim.

A regressão começou em 1997, minha vó me fez lembrar daquele ano com uma certeza maior de que eu não era uma imagem transfigurada, não era alguém com sentimento de culpa. Ao redor de mim estavam as mesmas pessoas que convivi naquela época. Eu pude entender melhor as conjecturas e contemplei o meu silêncio de tranquilidade.

Estive em minhas escolas sempre com minha mãe ao meu lado, mostrando para mim aqueles dias. Aprendi a perdoar o passado. O tempo retrai os medos, sintetiza e amadurece. O passado não exige mais como antes. A vida, a vida.

O rosto mostrava o corpo amizade a calda de pavão que não existe mais. É preciso entender a saudade por inteiro, reverter os fatos. Devolver o passado ao passado. Tempo, tempo.

A morte acompanha a vida.

É o que penso. sinto a fragilidade de viver Deus sabe como se estivesse pronta acompanhando o meu mundo mundo imantado meu silêncio pensamen...