quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Para só Ser.




Em cada mão
uma mala
a decência que não se esvai
A Sol à pino

Duas malas
uma vida
e suas metas

Sabor
dentro de um prato
que se constrói
que não se contenta
com as beiradas

E a felicidade
de noites que ainda hei de passar
escrevendo e tocando
observando da minha janela
a vida

A vida 
quando acordar 
no meu próprio canto
com lençóis tão alvos
que hei de lavar
à mão

O amor que já tenho por mim
Dentro das paredes da minha casa
Repleta de livros e afetos


As malas
Que já não cabem em outra sala
que não seja a do meu Lar.
Do meu Lar.

E se Deus permitir
não me deixe ficar
no meio ermo 
de ninguém

Que eu tenha o meu
para não ter que ser do outro.
Para só ser.

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