quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Existe sempre afeto em minha casa.





Quando se descobre que é só. Acontece um estranhamento. 

Mas depois desse primeiro momento, de forma racional vejo que fui só sempre quando estive  muito triste e em muitas horas em que tive que compartilhar a minha alegria. Solidão que permite aos olhos o entendimento do outro, das fraquezas do outro. Sem cobranças.
Sem atribuir maiores carências, tentando não computar ausências, retirando sempre muito da falta que sinto de afeto. Esse arquétipo frio da vida em que não existe colo nem afago. Percebo que sempre fui a minha família em relação ao compartilhar de quase tudo que conquistei na vida. Faz muito tempo que sento sozinha na mesa para fazer as refeições, que passo a qualquer instante pela sala sem ser notada, faz muito tempo que me preparo para chegar em casa pois existe uma frieza que não cabe de lugar de onde venho pelas as amizades aconchegantes da vida.

A minha casa quase sempre bem dentro de mim, é quando ser só me liberta. 

domingo, 19 de fevereiro de 2017

A infantil necessidade da matéria.



Confortável é ter desde os pés,
a transparência de quase tudo.

verdade.
E um sorriso no canto da boca
blasfêmia


Fraqueza sem estima
ter o descartável como eixo
necessidade ilusória
infantilidade permanente
cegueira da vida.










quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

" Às vezes a vida volta."


Por acreditar,
Não me atenho ao tempo.
A partir de então apenas a sensação de mim em toda existência.
E é como se eu descobrisse que a força
Esteve o tempo todo em mim
E é como se então de repente eu chegasse
Ao fundo do fim
De volta ao começo
Ao fundo do fim
De volta ao começo

                                                                                         [Gonzaguinha]


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

O que pude fazer com o meu tempo.






o cigarro pelo silenciar
dorme em outro tempo,
invernos não se reconhecem mais.
 
Certa beleza
Aceitação da noite.
Meu corpo
E o quanto posso ser

Estar comigo nunca foi tanto.







A morte acompanha a vida.

É o que penso. sinto a fragilidade de viver Deus sabe como se estivesse pronta acompanhando o meu mundo mundo imantado meu silêncio pensamen...